Método Monstra: Pokémons e a formação de equipes (parte 2)

Na formação de equipes e na seletiva de profissionais, a Monstra tem um segredo. Ou melhor, é uma forma de pensar os perfis adequados à nossa metodologia. Confira na 2ª parte da série "Método Monstra"!
Ideia para projeção de squads criativos
Ideia para projeção de squads criativos

Na rotina de agências ou setores de comunicação, as demandas geralmente são organizadas em três etapas: 1) entendimento do escopo, 2) formação de equipe e 3) definição do fluxo de trabalho.

Hoje vamos falar sobre a formação de equipes, dando sequência à série de posts que abordam a nossa metodologia. E prepare sua nostalgia nerd, pois vamos (tentar) explicar como o anime Pokémon trouxe um olhar inusitado e, ao mesmo tempo, mais analítico à nossa projeção de squads criativos!

(Se chegou aqui de pára-quedas, leia antes o primeiro artigo da Série Metodologia. Lá falamos sobre a etapa #1, o entendimento do escopo.)

As dificuldades de projetar uma equipe

Você recebeu um job de comunicação do cliente e já fez toda a avaliação do escopo. Agora a próxima etapa é definir quem vai executar as tarefas.

Projeção de squads ou equipes significa formar o time ideal para o projeto naquele momento específico. A equipe capaz de gerar produtividade, crescimento e um ótimo relacionamento com o cliente. E é nessa é a hora que alguns gestores e coordenadores podem perder a mão.

A formação de equipes criativas vai muito além de definir quem vai fazer o quê e como, embora pareça óbvio. Muitos fatores entram em jogo, como:

  • a distribuição correta de tarefas,
  • o entrosamento entre as pessoas,
  • jogo de cintura para lidar com o cliente,
  • a disponibilidade de cada um,
  • a necessidade de acompanhar o processo como um todo,
  • mas também o “olhar micro” para o trabalho de cada um.

Essa etapa é como um bloco de um quebra-cabeça maior ainda, onde tudo precisa se encaixar corretamente no final.

Braisntorm

A missão de avaliar os recursos disponíveis

Diante desses desafios, a Monstra entendeu que é preciso ir além do CV e do portfólio na hora de montar um time. Além de noções técnicas e capacidade de análise imediata, procuramos iniciativa e a “malandragem” do mercado. 

E buscamos ser sistemáticos. Sempre levamos em consideração dois tipos de recursos: os técnicos e os humanos. 

Recursos Técnicos

Aqui falamos de ferramentas e aplicativos necessários para a execução do projeto, como Monday, Trello, Discord, Google Drive, entre outros exemplos específicos de design e UX. 

Existe uma série de questões que o coordenador ou especialista precisa colocar na ponta do lápis, uma vez que elas influenciarão na escolha do time:

  • Como o cliente receberá os materiais?
  • Como será a comunicação entre equipe e solicitante?
  • Existem sites, plugins ou extensões para facilitar o giro de produção criativa?
  • A equipe já domina tais ferramentas ou precisará de treinamento?
  • Quais programas, aplicativos e meios de compartilhar arquivos serão necessários?

Recursos Humanos

São as pessoas, é claro! Suas habilidades, experiências, interesses, visões com experiência no mercado.

É a correta alocação de especialistas que ajuda a pôr ordem na criação em escala.

Momento de considerar pontos como:

  • Qual será a rotina da equipe?
  • Haverá um coordenador para cobrir o time em caso de imprevistos?
  • Quantos profissionais serão necessários? 
  • Quais habilidades e experiências serão requisitadas?
  • Quais são exclusivas e quais são cobertas por mais de um profissional?
  • Temos indicações adequadas ou será preciso abrir um processo seletivo?

Além disso, tem uma forma, digamos, curiosa, que iremos compartilhar: a nossa analogia com os pokémons na hora de pensar as equipes.

recursos humanos na formação de squads

De Júnior, Pleno e Sênior
ao Abra, Kadabra e Alakazam!

A linguagem corporativa é cheia de nomenclaturas convencionais, como júnior (o novato), pleno (aquele com alguma experiência na área) e sênior (com muita experiência na área). Mas, quando isso se aplica a uma metodologia específica, como a da Monstra, “na teoria, a prática é outra”. 

Explicamos. Já tivemos profissionais considerados de “perfil sênior” que deram mais trabalho para treinar/adaptar do que os de “perfil júnior”.

Da mesma forma, tivemos pessoas que, mesmo tendo acabado de começar na carreira, estavam liderando uma pequena equipe em poucos meses, agindo como “pleno”.

Isso sem falar dos processos seletivos, em que candidatos com apenas 5 anos de experiência se autodeclaravam sênior

Em áreas como T.I. e finanças, isso pode fazer mais sentido. Mas quando o método de trabalho pede perfis específicos, é justo manter essas nomenclaturas?

Tudo isso levou a uma necessidade da Monstra de repensar a sua forma de contratar e projetar equipes, pois tudo aqui é feito de forma 100% remota e o método exige capacidades específicas. É para ilustrar esse ponto da nossa metodologia que fizemos uma analogia com Pokémon.

(Um adendo: isso não é nada oficial ou de fato metodológico; apenas uma ideia de gestores que decidimos compartilhar pela graça do raciocínio.)

Quem cresceu nos anos 90 provavelmente se lembra do anime, que contava a história de um treinador de animaizinhos com poderes especiais, que combatiam entre si usando esses poderes, e que evoluíam para outras formas maiores e avançadas, com novos poderes etc. 

A evolução das criaturas podia acontecer de duas formas:

  • pelos “pontos EXP”, que eram acumulados nas vitórias de combate,
  • ou pela exposição a uma pedra especial.

Cada pokémon tinha sua própria linha evolutiva, como

  • Pichu ➯ Pikachu ➯ Raichu,
    ou
  • Abra ➯ Kadabra ➯ Alakazam.

Tá, mas o que pokémon tem a ver com a equipe?

Quando procuramos candidatos em processos seletivos, sabemos que, além das especialidades  como redator, designer, motion, atendimento etc., existem os perfis como “apagador de incêndio”, “criativo analítico”, “planejador”, “político” etc.

Com os tipos de tarefas e situações que a Monstra acumulou em quase 20 anos de existência – somados à experiência dos “pokémons lv. 99” do time acumuladas em agências, produtoras, houses e o varejo digital brasileiro desde seus primórdios – hoje sabemos quais são esses perfis e quando é que precisamos de um ou de outro, a depender do cliente ou do escopo. 

A seleção de profissionais leva em conta esses perfis (os “tipos de pokémon”), que podem estar ou não ligados à profissão. Exemplos:

  • um redator com perfil coordenador ou perfil ligeirinho?
  • um designer com perfil projetista ou um ponta-de-lança?
  • um coordenador mais atendimento ou um capaz de trabalhar com inteligência de dados?

(A relação com os Pokémons a gente deixa a cargo da criatividade de vocês 😉

O tempo nos mostrou que não é a idade, o tempo de estrada ou o título que aparece no Linkedin que realmente funcionam numa equipe bem motadinha. No lugar de tudo isso, acreditamos em provas reais: comprometimento, entrega e vontade de evoluir.

E, em resumo, pensar em “perfis de evolução” é mais ou menos dessa forma:

Abra

“Abra” é a pessoa que executa, mas não tem ainda autonomia de negociar com clientes e delegar tarefas; ou apenas prefere responsabilidades “ponta de processo”, sem muitas pessoas envolvidas, mais isoladamente.

Kadabra

“Kadabra ” é o profissional capaz de liderar uma equipe e negociar com o solicitante diretamente.

Alakazam!

“Alakazam!” é o capaz de coordenar mais de uma equipe E projetar squads E calcular esforço de escopo E resolver problemas de gestão E ajudar Abras e Kadabras na evolução.

Conclusão

A projeção de equipes (e não é a equipe Rocket) envolve um levantamento de informações que precisam ser feitas pela gestão do projeto. Mais do que achar um profissional capacitado, é saber se encaixa no processo, e como encaixá-lo.

Anos de experiência, além de uma metodologia como bússola, fizeram com que os líderes da Monstra (ou os “Alakazams” da casa) desenvolvessem um faro para pessoas com perfil de agilidade e produtividade.

Graças a essa experiência, identificar os profissionais adequados às demandas de uma empresa frequentemente pode acontecer até mesmo de forma intuitiva, não só na hora de avaliar CV’s e portfólios, mas nas entrevistas com a pessoa.

Uma vez parte da equipe, a pessoa é incentivada em práticas que contribuam para o seu florescimento enquanto profissional. 

Esse é o segundo artigo da série que fala sobre a nossa metodologia e como administramos os nossos recursos. Se você quer saber mais, confira todos os posts aqui!

Um abraço pokémonstro!

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