Como o Magalu escalou sua produção criativa para mais de 5.000 peças por mês.

Mais que atender a demanda crescente da maior varejista do Brasil, era preciso ser uma plataforma de produção criativa para agilizar o Magalu em todos os seus canais de comunicação digital e offline.

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Os primeiros degraus pra se tornar o maior do Brasil

A direção do Magazine Luiza – que ainda não era Magalu – tinha um objetivo robusto: ser o maior varejista do Brasil. Para isso precisava multiplicar a produção de anúncios e levar centenas, milhares de banners todo mês nas diversas plataformas digitais.

O problema é que o time tinha apenas duas pessoas, diretor de arte e redator, e a premiada agência que os atendia na época não tinha tempo ou equipe com DNA acelerado para produzir as desdobras – que eram pelo menos 2.000 peças por mês, uma média de 100 banners por dia útil

Na época, a contratação pelo RH Magalu não era viável. Como poderiam escalar a produção de anúncios num sistema de terceirização criativa?

Uma aposta na gestão de produção – e na retenção de talentos​

Quando falamos “escalar a produção”, estamos falando de desdobras.

Desdobras são as peças em que aplicamos um guia visual pré-definido, com produto-e-preço, às vezes uma chamada – e sempre aos montes.

As campanhas seriam definidas internamente no Magalu; as ofertas chegariam em nosso e-mail; e a Monstra produziria em ritmo industrial, com rapidez e cuidado constante com os detalhes das peças.

“Opa, você disse e-mail?”

Imagine lidar com dezenas de solicitações diárias na sua caixa de entrada!

A cultura de gestão de produção não era familiar no Magalu, então esse foi de fato o primeiro desafio da Monstra: adotar uma cultura de gestão. Mas ia muito mais além.

cerebro-balancando-na-rede

Em todas as agências que tinham atendido o Magalu, havia baixa longevidade das equipes. Os designers ficavam poucos meses no time, e logo encontravam uma oportunidade de emprego menos “varejão”. 

Cada vez que um profissional saía, o conhecimento da marca e dos processos ágeis era perdido. Tempo de treinamento, diminuição temporária da capacidade de entrega, ruídos. Uma pedra no sapato pra quem tinha planos de conquistar o Brasil.

"A continuidade a longo prazo com a Monstra depende de resolvermos esse problema."

As primeiras automações e relatórios

Grafico

Os cabeças da Monstra traziam dez ou mais anos de bagagem atendendo e-commerce. Por isso, perceberam que a demanda inicial do Magalu exigiria uma equipe de 6 pessoas:

  • 1 coordenador
  • 4 especialistas
  • 1 aprendiz

Mas a questão do time era o de menos. Era preciso escalar a produção dos criativos com uma gestão eficiente. 

Como fazer isso?

Para organizar o painel de demandas trouxemos inicialmente o Trello, uma plataforma testada anteriormente na Monstra. Com uma bela força-tarefa da equipe interna e mais a nossa insistência,treinamos todos os solicitantes do Magalu a “mandar jobs” pela nova plataforma.

Quem montou o quadro (fluxo de entrada e saída) foi uma 7ª pessoa, que chamamos de projetista. Agora tínhamos como mensurar a produção com relatórios em tempo real.

Também melhoramos alguns processos que economizaram minutos preciosos de cada banner produzido, como, por exemplo:

Automatização de preços

Economizou tempo na esteira criativa e eliminou a necessidade do revisor de peças.

Padronização de peças

A criação de templates permitiu produzir cada vez mais peças por dia e por designer.

Validação ágil de planilhas

Criamos na Monstra uma especialidade interna para atender o depto. de Compras diretamente.

Tudo era novo para aquele time de marketing do Magalu. Porém, com essas mudanças a todo vapor, os projetos de expansão e conquista nacional finalmente pareciam possíveis de serem acompanhados. E mais: sempre acompanhando a rapidez com que cada nova loja física era inaugurada, cada campanha lançada, cada Luizacred emitido.

Adotamos o homeoffice quando tudo ainda era mato.​
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Somos quase 100 monstros em 2023. Mas somos 100% homeoffice!

Mas e quanto ao problema da rotatividade de equipes?

Os cabeças da Monstra colocaram em prática um antigo sonho: o trabalho remoto. O ano era 2017 e o homeoffice ainda era um tabu no Brasil, mas, antes de se tornar uma necessidade mundial com a pandemia, o homeoffice já era nossa proposta estrutural para que as equipes ficassem mais motivadas. Pois não tem nada pior que um designer tímido ter que atravessar a cidade e ficar o dia todo de fone de ouvido. Por que não em casa?

Por que não duas horas a mais no seu dia para andar com seu pet, jogar seu videogame ou finalmente ter tempo para a academia, a pós e a família?

Além disso, programas de incentivo foram implementados para aqueles que iam ficando e ficando na Monstra. A produtividade deveria ser refletida na qualidade de vida dos envolvidosMas imagina o trabalho que deu, convencer a alta diretoria, do futuro maior varejista do Brasil, a colocar suas preciosas e numerosas peças, nas mãos de uma equipe terceirizada, que sequer se via durante o dia?

20 dias em 3. O maior rebranding da história do varejo. E um cafezinho com a dona Lu.

É claro que ao longo dos meses uma ou outra pessoa mudou de emprego. No entanto, o processo estava tão redondo que, até quando um monstro saía, a equipe conseguia cobrir sua ausência; quando chegava o novo, rapidamente aprendia o que era necessário.

Não conseguimos eliminar toda a rotatividade (e quem conseguiria?), porém conseguimos diminuir a curva de aprendizado ao ponto ótimoTudo fruto de um bioma criativo, que integrava os esforços do projetista, do coordenador e dos especialistas.

Aqueles que se destacaram na agilidade e qualidade cresceram de cargo na Monstra conforme a própria equipe aumentava. O projeto foi um sucesso e o diretor finalmente foi convencido tendo base naquilo que os diretores mais entendem: números.

De 20 dias para apenas 3

Esse foi o corte de tempo de produção de um jornal de ofertas produzido na Monstra.

Novas especialidades

Surgiram organicamente. E mesmo com demandas novas não precisamos aumentar o time.

Desdobras: KV em milhares de peças

Com a Monstra, o rebranding do Magalu chegou rápido a todos os canais do varejista.

O sucesso com os 3 departamentos iniciais se espalhou pelo Magalu. De equipe em equipe, entre papos e indicações feitas entre os magalus durante a pausa do cafezinho na copa, a Monstra passou a atender outros departamentos, como demandas internas (RH), tutoriais de vendas em parceria com o Itaú (Luizacred) e até mesmo projetos sociais da Luiza Trajano (true story).

Hoje, a Monstra faz gestão criativa de 12 departamentos do cuida de 6 marcas do grupo entrega +5.000 peças por mês para o reduziu drasticamente o volume de alterações do participa da seleção de profissionais de Criação para o Magalu

Parceria que multiplica

O caso Magalu mostrou para a Monstra uma capacidade da gestão remota de produção criativa que nem mesmo a gente sabia ser tão eficiente. A especialidade da Monstra se tornou esta: escalabilidade de processos criativos, ou seja, criar equipes de criação e aplicar metodologias que permitam que o cliente ganhe rampa e suporte para os planos de crescimento do marketing.

É o futuro da sua?