A alta rotatividade de profissionais é uma métrica relevante para a sustentabilidade de empresas e projetos de comunicação, pois reflete diretamente nos resultados quantitativos e qualitativos das entregas de marketing.
Se esta rotatividade é baixa, pode indicar que a empresa é organizada, próspera e agradável para quem executa o serviço. Se é alta, pode apontar a falta de uma cultura sólida, baixo engajamento das pessoas e falta de uma política de incentivos.
No papo de hoje, vamos abordar quais os impactos da alta rotatividade e de que maneira isso afeta as parcerias de produções digitais e offline.
Como a rotatividade custa tempo e dinheiro para seu negócio.
Conversando com clientes de diversos nichos, percebemos que o alto índice de turnover – ou a frequente rotatividade de profissionais – pode ser uma grande dor em comum no contexto de projetos de comunicação. Isso gera desperdícios de esforços, recursos e investimentos para todos os lados.
Existem muitos fatores que levam um designer ou redator a ficar apenas alguns meses na equipe, mas alguns dos principais são:
- ele encontrou uma vaga com oferta salarial superior,
- ou um cargo mais prestigiado (“menos varejo”, digamos assim);
- o estresse causado pelo ritmo acelerado desse mercado e consequente sobrecarga de trabalho.
Para quem contrata, a troca constante de profissionais implica em recursos destinados para novos recrutamentos, treinamentos e adaptações. Sem uma cultura de aprendizado para documentar erros e compartilhar acertos com o time, a empresa perde um tempo significativo.
Para a empresa contratante, outro prejuízo é a confiança, uma vez que podem surgir dúvidas quanto a competência do profissional substituto:
Será que ele(a) vai atender o meu cliente com o mesmo tato?
Será que o(a) redator(a) vai assimilar corretamente o nosso posicionamento de marca?
E quando o turnover atinge o freelancer?
Para o freelancer, a desvantagem é a instabilidade financeira e, consequentemente, seu impacto emocional em sua vida pessoal e até familiar.
A troca de profissionais ajuda a oxigenar o time e trazer novas perspectivas e experiências para a empresa, é claro. O ponto aqui é quando os ciclos de permanência dos colaboradores tornam-se impeditivos para a consolidação de um aprendizado de equipe e isso se torna um obstáculo para quem quer uma parceria responsável no desenvolvimento de campanhas publicitárias.
De fato, o varejo online é marcado por projetos inconstantes e, muitas vezes, sobrecarga. Porém, é possível criar um modelo de trabalho diferente. Mais saudável, produtivo e, ao mesmo tempo, com certa previsibilidade para as pessoas.
Então, o que incomoda a Monstra e que também incomoda nossos clientes é a troca frequente de pessoas nos mais variados níveis de produção. Esse questionamento foi uma mola propulsora para nos obrigar a testar novos sistemas de produção criativa. Não significa que temos uma fórmula ou receita fixa. Pelo contrário, apenas descobrimos uma abordagem entre várias outras possíveis.
Mais do que profissionais capacitados, é necessário profissionais envolvidos.
Se ambos os lados do mercado sentem as consequências quando a alta rotatividade permanece, é urgente criar ações para diminuir esse problema.
O que a empresa intermediária nesse processo deve levar em consideração é o remanejamento antecipado da equipe, em casos de imprevistos diversos. Quando alguém sair, é preciso colocar outra pessoa competente no lugar sem que isso afete a qualidade das entregas.
Na Monstra, por exemplo, equilibramos a balança através de diversos aspectos; os dois principais são a gestão humanizada e a cultura de aprendizado.
Em vez de esperar o profissional “vestir a camisa” da empresa, vale estimular o comprometimento por meio de ações que sejam convenientes ao estilo da organização. Algumas práticas interessantes:
- Espaços para a troca de insights e contribuições criativas, desde sugestões de nomes para um novo núcleo até tira-dúvidas sobre Figma e Copywriting;
- Políticas de incentivo relacionadas ao bem-estar e desenvolvimento profissional/pessoal;
- Feedbacks individuais e coletivos por parte das coordenações, e que abordem os avanços e desafios do projeto, a relação com o cliente e a evolução individual de cada membro;
- Feedbacks anônimos por parte dos colaboradores, para que se sintam à vontade para compartilhar qualquer observação ou chateação pertinente ao sistema de trabalho; entre outros.
Para nós, outro ponto importante é reconhecer que, às vezes, abrir mão do controle visual sobre a equipe pode ser a melhor solução para se ter colaboradores mais motivados e comprometidos (sem nunca perder de vista a responsabilidade individual e o autogerenciamento do tempo). É por isso que adotamos o homeoffice desde 2017, o que tem trazido excelentes resultados para o nosso tipo de trabalho.
Por fim, outro aspecto que reduziu a nossa rotatividade é o pensamento de continuidade. Cada líder deve estar preparado para treinar alguém que possa assumir o seu lugar, seja qual for a situação: ascensão de cargo, rescisão, imprevistos, urgências médicas, períodos de descanso etc. Cada pessoa, independente da função, deve pensar em formas de documentar e compartilhar seus aprendizados. Além de diminuir a curva de aprendizado ao ponto ótimo, essa prática também nos fez economizar tempo.
Conclusão
A alta rotatividade é um gargalo complexo de lidar. Se para a agência indica ranhuras na gestão de pessoas, aos olhos do cliente pode indicar que o contratado não tem estrutura necessária para dar conta das demandas criativas.
Além disso, o remanejamento frequente pode sinalizar menos tempo para propor melhorias e soluções ao projeto, uma vez que o recurso do tempo é gasto em treinamentos, adaptações e processos de onboarding.
A longevidade dos nossos squads é um retorno positivo no que diz respeito às nossas práticas internas, cultura organizacional e metodologia de trabalho. Fazer banner, e-mail ou campanhas promocionais, muitos fazem. O diferencial está no senso de parceria e na cultura de aprendizado, que tornam as relações de trabalho mais produtivas, ágeis e sustentáveis para todos aqui na Monstra.
E na sua empresa, o que seu time fez para lidar com a rotatividade? Compartilha com a gente!
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